Lisboa, como se tratasse de uma opulenta cidade bem fortificada e defendida, necessitou de auxilio externo para ser conquistada. Assim, D. Afonso Henriques aproveitou o ensejo que se lhe ofereceu: a presença de uma armada de cruzados (cerca de 13 00, entre anglo – normandos, flamengos e alemães, que se dirigiam à Terra Santa integrados na 2ª cruzada), que havia ancorado no Porto. A pedido do rei, o bispo dessa cidade, D. Pedro Pitões, acertou com aqueles as condições e garantias de auxílio, e com tudo preparado iniciou-se o ataque em Junho de 1147, tendo os cruzados rodeado a cidade por mar. Ao cabo de cinco meses de cerco, Lisboa capitulou para ficar definitivamente em poder do rei de Portugal. Com o prolongamento do cerco a doença minava por toda a parte e havia e havia muitos cadáveres insepultos. Depois de ouvidos os habitantes da cidade, concordou-se na suspensão das hostilidades, e como era hábito os mouros tiveram de entregar uma série de reféns que foram enviados ao rei de Portugal, sendo apenas cedidos aos cruzados objectos de prata e ouro. Clamava-se contra a suposta precipitação do rei Português, porque a cidade estava prestes a capitular e a divisão do saque, incluindo casas, nem a todos convinha. Houve descontentamentos e amotinações, pelo que D. Afonso Henriques teve de tomar decisões energéticas. O efeito da conquista de Lisboa foi enorme, pois toda a região, de aquém e de além –Tejo perto da foz do rio, se submeteu imediatamente.
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